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19 de fevereiro de 2017

O 1º eclipse do Sol – e outros eventos astronômicos de 2017


Eclipse parcial do sol no céu da cidade de Sopron, na fronteira austro-húngara.
O domingo de Carnaval, 26 de fevereiro, terá o primeiro espetáculo celeste de 2017 — um eclipse solar parcial que poderá ser visto em boa parte do país. O fenômeno, em que a Lua fica na frente do Sol, ocultando-o, deve escurecer o fim da manhã por quase uma hora. Os astrônomos avisam que o eclipse não deve ser observado diretamente, pois a luz do Sol pode causar danos à visão. O ideal é usar um vidro de máscara soldadora ou acompanhar o fenômeno por meio de eventos promovidos pelos observatórios.


“Os dois eventos celestes mais interessantes do ano serão os eclipses solares, que ocorrem em 26 de fevereiro e 21 de agosto. São fenômenos que acontecem poucas vezes por década, por isso as oportunidades de acompanhá-los devem ser aproveitadas”, afirma Gustavo Rojas, astrônomo e físico da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

Como observar
Olhar diretamente para o Sol pode ser perigoso, por isso o eclipse solar não deve ser observado sem proteção adequada – olhar o evento com binóculos, telescópios, filmes velados ou chapas de exames de Raio-X pode causas danos oculares. A indicação dos astrônomos é procurar os vidros de máscaras soldadoras, que podem ser encontrados em lojas de construção ou ferramentas – os mais escuros ajudam a olhar para o Sol. Outra dica é acompanhar os eventos que serão feitos em observatórios ao redor do mundo.

Outros eventos celestes, como as chuvas de meteoros, que precisam de céu bem escuro e uma fase da lua não muito brilhante para serem observadas, também devem promover belos shows ao longo do ano. Se houver céu limpo, a Geminídeas, que tem seu ápice entre 13 e 14 de dezembro, promete ser a melhor.

Confira abaixo os melhores eventos astronômicos de 2017:

1. Eclipses solares
Dois eclipses solares devem acontecer durante o ano: o primeiro, em 26 de fevereiro, no domingo de Carnaval; e o segundo, em 21 de agosto, uma segunda-feira. Em partes do globo como o Sul do Chile, Argentina e África eles serão totais, (quando a Lua encobre o Sol completamente), mas, no Brasil, serão parciais (uma meia-lua luminosa poderá ser vista). O eclipse de 26 de fevereiro será o de melhor visualização no Brasil e quem está nas regiões Sul, Sudeste e porção mais ao Sul da região Centro-Oeste, poderá vê-lo melhor. “Quando mais ao Sul do país, melhor será a visualização desse eclipse, pois será possível ver o Sol mais encoberto pela Lua”, explica Gustavo Rojas, astrônomo e físico da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). O evento deve começar por volta das 12h30 e dura em torno de uma hora. Já o eclipse de 21 de agosto será visto por quem está no hemisfério Norte do globo – nos Estados Unidos, ele será total. Assim, apenas quem está na parte mais ao Norte das regiões Norte de Nordeste do país, poderá observá-lo. O eclipse deve começar por volta das 17 horas e será visível até o Sol se pôr, por volta das 18 horas.

2. Chuvas de meteoros
Em 2017, algumas boas chuvas de meteoros poderão ser vistas no país. Neste ano, esses fenômenos vão coincidir com as fases menos luminosas da Lua, que não devem atrapalhar o brilho dos meteoros que riscam o céu. Segundo Rojas, as duas melhores chuvas para a observação serão a Eta-Aquarídeos, que deve ter seu ápice entre 4 e 5 de maio, durante a fase da Lua crescente, e a Geminídeas, entre 13 e 14 de dezembro, na Lua minguante. A primeira poderá ser vista no horizonte Leste do céu, a partir das 3 horas da manhã, e a Geminídeas, que promete até 120 meteoros por hora, a partir das 2 horas.

3. Superlua
A Superlua ocorre quando o perigeu lunar – ponto da órbita em que o satélite está mais perto da Terra – coincide com a fase cheia da Lua. Nesses momentos, a Lua pode parecer até 14% maior e 30% mais brilhante. Em 2017, teremos apenas uma superlua, na noite de 3 de dezembro.


Fonte: Veja.com

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