Desde o início do surto de febre
amarela em cidades do interior do Espírito Santo, a procura pela vacina em
postos de saúde este ano vem aumentando. Com a confirmação de casos da doença
em pelo menos três estados, a corrida em busca da imunização tem provocado
filas em diversos municípios. É importante destacar, entretanto, que nem todas
as pessoas precisam receber uma nova dose – grávidas e idosos, por exemplo,
estão entre os grupos onde há contraindicação.
Desde o início do ano, o
ministério tem enviado doses extras da vacina contra a febre amarela aos
estados que registram casos suspeitos da doença, além de outros localizados na
divisa com áreas que tenham notificado casos. No total, 9,9 milhões de doses
extras foram enviadas para cinco estados: Minas Gerais (4,5 milhões), Espírito
Santo (2,5 milhões), São Paulo (1,2 milhão), Bahia (900 mil) e Rio de Janeiro
(850 mil). O quantitativo é um adicional às doses de rotina do Calendário
Nacional de Vacinação, enviadas mensalmente aos estados.
Até a última sexta-feira (10),
foram confirmados 230, casos de febre amarela. Dos 1.170 casos registrados como
suspeitos, 847 permanecem em investigação e 93 foram descartados. Entre os 186
óbitos notificados, 79 foram confirmados, 104 são investigados e três foram
descartados. Os estados de Minas Gerais, do Espírito Santo, de São Paulo, da
Bahia e do Tocantins continuam com casos investigados e/ou confirmados.
Atualmente, a vacinação de rotina
é ofertada em 19 estados onde há recomendação para imunização. Todas as pessoas
que vivem nesses locais devem tomar duas doses da vacina ao longo da vida.
Também precisam se vacinar, neste momento, pessoas que vão viajar ou vivem nas
regiões que estão registrando casos da doença: leste de Minas Gerais, oeste do
Espírito Santo, noroeste do Rio de Janeiro e oeste da Bahia. Não há necessidade
de corrida aos postos de saúde, já que há doses suficientes para atender as
regiões com recomendação de vacinação.
Confira abaixo mitos e verdades
sobre a vacina contra a febre amarela, conforme informações divulgadas pelo
Ministério da Saúde:
Preciso tomar a vacina a cada dez
anos.
MITO. O esquema vacinal da febre
amarela é duas doses, tanto para adultos quanto para crianças. As crianças
devem receber as vacinas aos 9 meses e aos 4 anos. Assim, a proteção está
garantida para o resto da vida. Para quem não tomou as doses na infância, a
orientação é uma dose da vacina e outra de reforço, dez anos depois da
primeira.
Grávidas e mulheres que estão
amamentando não devem se vacinar.
VERDADE. De uma forma geral, não
se recomenda a vacinação de grávidas e mulheres que amamentam. Em algumas
situações, entretanto, o médico pode indicar a imunização – como em casos de
surto no município. Nesse tipo de situação, lactentes que receberem a dose
devem suspender a amamentação por um período de 30 dias.
Mesmo tendo tomado as duas doses,
tenho risco de pegar febre amarela.
MITO. As duas doses da vacina são
suficientes para proteger durante toda a vida contra a doença.
Quanto mais doses eu tomar, mais
imunizado eu fico.
MITO. O esquema vacinal da febre
amarela é de duas doses, tanto para adultos quanto para crianças.
Elas são
suficientes para proteger durante toda a vida. Uma terceira dose não vai criar
nenhuma proteção adicional.
Se não moro em área onde há
recomendação de vacina, não preciso receber a dose.
VERDADE. No Brasil, a vacinação é
recomendada a partir de 9 meses de vida para pessoas que residem ou se deslocam
para municípios que compõem a chamada Área Com Recomendação de Vacina. Locais
com matas e rios, onde o vírus e seus hospedeiros e vetores ocorrem naturalmente,
são identificados como áreas de risco. Se você não mora em área onde há
recomendação de vacina, não é necessário tomar a dose.
Fonte: Imirante.com
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