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20 de janeiro de 2017

‘Seria ruim para o país ter um ministro do STF assassinado’

O advogado Francisco Prehn Zavascki, filho do ministro Teori Zavascki, morto nesta quinta-feira em um acidente aéreo em Paraty afirmou à Rádio Estadão que “seria muito ruim para o país ter um ministro do Supremo assassinado”. Ele também destacou que “é preciso investigar a fundo e saber se foi acidente ou não, que a verdade venha à tona seja ela qual for”.

Mais cedo, Francisco declarou em entrevista à Rádio Gaúcha que o velório do corpo do pai vai ser realizado na sede do Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região, em Porto Alegre, onde o ministro atuou como desembargador. “A data e horário dependem da liberação do corpo, mas será no Tribunal Regional Federal, que é na verdade o prédio que ele inaugurou, construiu a carreira e tenho certeza que se tivesse que escolher é onde ele se sentiria em casa”, disse o filho de Teori.

Francisco contou que conversou com o pai na última quarta-feira quando Teori teria dito que se preparava para homologar as delações dos executivos e ex-executivos da Odebrecht no âmbito da Operação Lava Jato.

“Ele me relatou que a ideia era ter o no início de fevereiro tudo homologado praticamente para poder continuar o trabalho”, afirmou Francisco. “Ele tinha uma preocupação muito grande com o trabalho, colocou que estava preocupado com 2017 e que este ano ia ser pior que 2016”, contou o advogado.

À Rádio Estadão, Francisco afirmou: “Eu torço para que seja um acidente. Seria muito ruim para o país ter um ministro do Supremo assassinado”. Sobre o futuro da Operação Lava Jato, o filho do ministro relator da operação no Supremo afirmou que os escândalos de corrupção no país “não ficarão impunes” e que o Brasil tem “instituições sólidas”. Segundo Francisco, a família ainda vive um momento de “negação”. “É uma situação inédita. Estamos todos sentidos, chocados, daqui a pouco a realidade vai bater”, afirmou.


Fonte: Veja.com

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