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16 de novembro de 2016

Ex-governador do Rio, Garotinho é preso pela PF


Anthony Garotinho: candidato a líder da bancada do PR
Anthony Garotinho: candidato a líder da bancada do PR (Leonardo Prado/Agência Câmara/VEJA)
O ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho, atual secretário de Governo de Campos dos Goytacazes (RJ), foi preso na manhã desta quarta-feira pela Polícia Federal em seu apartamento no Flamengo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A prisão é um desdobramento da Operação Chequinho, que apura a suspeita de compra de votos durante as eleições deste ano. Rosinha Garotinho, esposa do ex-governador, é prefeita da cidade do norte fluminense, base eleitoral do casal.

O nome da operação é uma referência ao programa Cheque Cidadão, que teria sido usado por candidatos à Câmara Municipal para a negociação de votos. Em fases anteriores, deflagradas em outubro, três vereadores – Kellenson Ayres Figueiredo de Souza (PR), Miguel Ribeiro Machado (PSL) e Ozeias Martins (PSDB) – foram presos por suposta participação no esquema. A coordenadora do programa, Gisele Kock, também foi uma das detidas. O programa, que foi suspenso pela Justiça em setembro, concedia benefício de 200 reais para famílias de baixa renda.

O mandado foi expedido pelo juiz Glaucenir Silva de Oliveira, do Tribunal Regional Eleitoral do Rio. Anthony Garotinho foi prefeito de Campos dos Goytacazes de 1997 a 1998, e governador do Rio de Janeiro de 1999 a 2002. Rosinha Garotinho também governou o Estado, entre 2003 e 2007.

Garotinho, que já foi candidato à Presidência da República em 2002, representa o que há de pior na política: populismo, fisiologismo e nepotismo, entre outras mazelas. Ao seu currículo, soma-se até mesmo a suspeita de ter usado seu período no Palácio Guanabara (e também o de sua mulher, Rosinha) para acobertar as ações de um grupo de policiais que, encastelados na chefia da Polícia Civil, barbarizou o Rio de Janeiro cometendo ilícitos variados. A lista inclui facilitação de contrabando, formação de quadrilha, proteção a contraventores, cobrança para nomeação de delegados, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva. Em 2010, Garotinho chegou a ser condenado a dois e meio de prisão pela Justiça Federal do Rio por formação de quadrilha. Na mesma sentença, o ex-chefe da Polícia Civil na sua gestão Álvaro Lins foi condenado a 28 anos de reclusão por corrupção passiva, lavagem de bens e formação de quadrilha.


Fonte: Veja.com

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