O prefeito eleito de Parnaíba, Francisco de Assis Moraes Souza, o Mão Santa (faz 74 anos dia 13 de outubro) é um veterano político piauiense, acostumado a ganhar e, principalmente, a perder eleições. De 2004 para cá, disputando ou apoiando a esposa, Adalgisa, e o filho Mãosantinha, perdeu sete pleitos.
Mão Santa foi prefeito de Parnaíba entre 1989 e 1993. Venceu a disputa contra Paulo Lages (PMDB) em 1988, após duas tentativas de se eleger, em 1982 e em 1976.
Foi deputado estadual (1983-1987) e suplente de deputado federal (1986).
Quando se candidatou a governador, em 1994, poucos apostavam em sua vitória, porque ele enfrentava uma máquina partidária poderosa. Mas venceu e em 1998 reelegeu-se, numa disputada marcada por denúncias de corrupção e que lhe custariam o cargo em 2001.
Depois de impor uma derrota a uma oligarquia, ele foi vítima de seus próprios erros, mas soube capitalizar a popularidade e em 2002 elegeu-se senador, com apoio do PT, com quem rompeu logo depois.
Depois de uma onda sucessiva de êxitos, vieram os reveses. Em 2004, lançou candidatos a esposa e o filho, em Teresina e Parnaíba. Perdeu as duas eleições. Em 2006, candidato a governador foi derrotado por Wellington Dias. Dois anos depois, em 2008, colocou a esposa Adalgisa na disputa pela Prefeitura de Parnaíba. Perdeu. Em 2010, tentando a reeleição para o Senado, mais uma vez não logrou êxito e repetiu o mau desempenho em 2012, quando disputou a eleição para prefeito e foi derrotado por Florentino Neto, do PT.
A última eleição perdida, a de governador em 2014, mostrou que o rio caudaloso em que Mão Santa se converteu em 1994, virou um riacho sem água duas décadas depois. Porém, sua eleição agora confirma a máxima segundo a qual, o fundo do poço dos políticos tem mola.
Fonte: Portal AZ
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