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25 de setembro de 2016

Agressividade infantil: o que fazer?


Crianças podem ficar agressivas por observar este comportamento em seu ambiente
Quando menos se espera, o seu filho fofinho e indefeso começa a gritar, xingar, bater e morder por ter sido contrariado. Muitos pais acabam ficando aflitos com a agressividade da criança e não sabem o que fazer para contornar a situação. A pergunta, então, que povoa a cabeça do pai e da mãe é: até que ponto esse comportamento é normal?

De acordo com a psicóloga do Hapvida, Luzimari Dantas, a criança se defende da maneira que sabe e pode, porém, não é normal quando os pequenos usam a agressividade para resolver os seus problemas. “Uma coisa é defender, outra coisa é ser agressiva por nada, já chegar batendo, mordendo”, afirma.

A especialista explica que, geralmente, agressividade é algo que foi aprendido, pois a criança não nasce com esse comportamento. O que ocorre, segundo a psicóloga, é que algumas nascem com um potencial para isso que vai sendo modulando a medida em que ela vai se desenvolvendo.

“Não dá para afirmar categoricamente que os pais são culpados, por exemplo, mas a gente deve pensar que a criança é reflexo, criança aprende ou por falta ou por excesso. Às vezes a criança é agressiva por excesso de mimo. O que faz fazer a criança modular o comportamento dela é treinamento, é o ‘sim’ ser ‘sim’ e o ‘não’ ser ‘não’. A medida que ela vai crescendo, a criança sempre vai querer extrapolar os limites que se coloca, é natural do ser humano. Se você cria a criança dentro de um parâmetro, de uma coerência, ela pode até usar de agressividade por uma quebra de limites, e isso é normal, mas ela não vai usar sempre agressividade para resolver os probleminhas dela. Ela vai ter outro tipo de atitude”, conta Luzimari Dantas.

Causa
Quando perceber que a criança está ficando muito agressiva, a psicóloga recomenda que o comportamento seja redirecionado, investigando o que estaria causando a reação, como no ambiente familiar, os ambientes em que ela convive ou outra causa orgânica. Uma dica é procurar um profissional para analisar o que precisa ser modificado para que a criança se sinta mais acolhida.

“Existem casos de crianças que ficam agressivas até por falta de nutrientes, jogos violentos, muita glicose na alimentação, falta de horário de sono, ausência dos pais, violência doméstica, separação dos pais ou mesmo alguma síndrome ansiolítica ou neurológica”, ressalta a profissional.

Se de um lado estão os pais preocupados com os filhos agressivos, do outro estão os que têm as suas crianças agredidas. A técnica em enfermagem Nathana Alves conta que o filho, Nathanael Alves, de 4 anos, já chegou em casa com marcas de mordidas. Ela conta que precisou por duas vezes ir à creche em que ele estudava na época para conversar com a professora.

“Fiquei extremamente preocupada, pois meu filho estava machucado e eu não podia fazer nada a não ser pedir que a professora tivesse mais cuidado. Cheguei a pensar em conversar com os pais do menino que estava mordendo o Nathan, mas a escola pediu que não me envolvesse dessa maneira, pediu que deixasse que eles resolveriam”, lembra a mãe.

A chateação de Nathana, conforme a psicóloga, é natural. Luzimari Dantas recomenda que os pais que tenham os seus filhos agredidos os ensine a se defender sem usar o mesmo recurso de agressão e também pedir a escola providências adequadas para o caso da criança agressora.



Fonte: Veja.com

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