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22 de junho de 2016

Heráclito diz que sempre quis "ficar imune a escândalos"



O deputado Heráclito Fortes (PSB-PI) declarou nesta quarta-feira (22) que “sempre quis ficar imune a escândalos e escandalosos”, se referindo à acusação de recebimento de propina, feita pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, durante delação na Lava Jato. A declaração do deputado ocorreu durante a sessão especial realizada no Plenário da Câmara para debater as 10 medidas de combate à corrupção defendidas pelo Ministério Público Federal.
Heráclito, que já se declarou inocente da acusação, falou com indignação sobre o fato. “Eu estou aqui nesta Casa há muitos anos e o que eu sempre quis na vida foi ficar imune a escândalos e aos escandalosos. Mas vejam os senhores: semana passada, eu fui denunciado pelo réu confesso que, através de uma delação premiada, quer aliviar os crimes que cometeu. Eu queria chamar a atenção para esse fato e queria pedir ao Ministério Público que examinasse as atas das sessões da Comissão de Infraestrutura do Senado, de que eu participei. O delator disse que a doação para minha campanha foi oficial. E vejam: o assunto se deu em 2006, ele falou que deu em 2010 e em 2014 ficou me devendo. Uma coisa sem pé, nem cabeça. Não há qualquer doação para minha campanha das empresas por ele listadas”, disse Heráclito.
O deputado ressaltou que está à disposição do Ministério Público para todos os esclarecimentos. “O raio de ação da calúnia é dez vezes maior do que o do desmentido, de forma que faço um apelo ao Ministério Público, e me coloco à disposição para o que for preciso: acareação, quebra de sigilo telefônico, o que for importante”, afirmou.
Entenda o Caso 
O nome do deputado federal Heráclito Fortes está na lista dos 20 políticos mencionados por Sérgio Machado durante delação na investigação da Lava Jato. De acordo com o delator, os políticos citados receberam propina de empreiteiras que mantinham contrato com a Petrobras. Durante o depoimento, o ex-presidente da Transpetro afirmou que também intermediou um repasse de recursos ilícitos ao presidente interino Michel Temer (PMDB).


Fonte: GP1

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